quarta-feira, 23 de maio de 2012

Treinadores na Liga ZON

Finda a época desportiva, é com agrado que me deparo que todos os técnicos que passaram esta época pela Liga ZON Sagres (25!!!) eram de nacionalidade portuguesa, algo que já alguns anos não era visto por terras lusas.
Os treinadores portugueses são tidos em boa conta, tal facto pode ser facilmente explicável com os brilhantes êxitos sejam eles domésticos ou além fronteiras.

Indubitável será dizer que o expoente máximo de tudo o que confrontei está mais exposto na pessoa que será por ventura o melhor treinador da atualidade e um dos melhores de todos os tempos, José Mourinho. Desde o ano de 2004, com a conquista da Liga dos Campeões, posteriormente ao ano em que venceu a Taça UEFA com o F.C. Porto as atenções viraram-se para este cantinho da Europa no que toca a treinadores de futebol. Já antes, Manuel José no Egipto e o próprio Carlos Queiróz tinham tido sucesso fora de portas ou em competições internacionais.
Mas a nível de mediatismo o que mais contribuiu foi a partida do Special One para terras de sua majestade, onde fez um trabalho notável, e deixou saudades mesmo tendo sido demitido pelo ainda presidente Roman Abramovich, seguindo-se a passagem por Itália e este ano acabou por conquistar a tão afamada La Liga, aqui bem ao lado. Mais títulos se seguirão, e ao que parece por Espanha uma vez que é hoje notícia que Mou extendeu o seu contrato até 2016. Não esquecer também, o ano passado do qual fomos presenciados com a final da Liga Europa entre dois clubes de Portugal tendo no banco dois dos mais novos treinadores nacionais, isto passará para o exterior uma imagem qualidade técnica, servindo de marketing de exportação.

Mas voltando ao assunto pelo qual comecei este tópico, é difícil entender que os dirigentes dos clubes nacionais tenham o discernimento com a época em curso que determinado técnico deixou de ter competência para o cargo quando este foi escolhido no início da mesma (ou pelo menos no início continuava a ser aposta da direcção). Pior do que isso, é termos dados concretos que os técnicos que são despedidos por serem "incompetentes" terem ainda a possibilidade de agarrar uma equipa/clube a meio, também eles despedidores de treinadores a meio curso, e conseguir fazer algo de produtivo durante a mesma. Isto representa que o treinador não era assim tão mal quanto o pintavam na anterior entidade empregadora... mas isto é uma roda viva e na próxima época despedem-se novamente treinadores no início/a meio do campeonato.

Será que o ciclo não deveria "pelo menos" durar uma época desportiva onde os treinadores possam ser responsáveis pela preparação da equipa no interregno? É que o mesmo clube consegue despedir mais do que um treinador. Não seria mais acertado a nível de decisões prescindir dos serviços de um treinador no fim da época, uma vez que mais treinadores estarão recetivos a aceitar um projeto durante a paragem desportiva? Será incompetência dos dirigentes ou estes simplesmente gostam de direccionar toda a pressão dos resultados ao técnico, desviando as atenções deles próprios em erros de casting?


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